Toda a região do Redondo apresenta vestígios de ocupação pré-histórica, com numerosos monumentos megalíticos de grande interesse, a salientar as Antas da Vidigueira, do Colmeeiro, da Venda do Duque e as da Candeeira

A combinação de férteis solos de granito e xisto possibilitam a produção de um dos maiores bens da região: o Vinho, sendo esta umas das regiões de Denominação de Origem Controlada (D.O.C.) do País.

Fotografia do Municipio do Redondo

​Fundada em 1956 por um grupo de 14 viticultores, a Adega Cooperativa de Redondo é um dos maiores produtores de vinho da Região do Alentejo, congregando actualmente cerca de duas centenas de viticultores. Entre os vinhos premiados em concursos nacionais e internacionais, contam-se as marcas Real Lavrador, Porta da Ravessa, Anta da Serra e Reserva ACR.

Poderá aqduirir os seus vinhos na loja da adega  Aberta aos dias de semana das 9 às 18 horas

A tradição mantém-se firme no Redondo produzindo-se ainda hoje peças utilitárias e decorativas, em barro, segundo métodos ancestrais

O barro desta região caracteriza-se por aguentar grandes variações de temperatura. As peças decoradas com singelos motivos florais ou retratando o quotidiano da vida rural do Alentejo são traços característicos das olarias do Redondo

Os móveis típicos do artesanato alentejano são feitos à mão, de cores garridas que alegram qualquer casa. Em madeira pintada com esmalte, cria-se um fundo branco, amarelo, azul ou verde onde são depois desenhadas pequenas flores ou laços

Das oficinas do Redondo saem escrivaninhas, camas, cadeiras e bancos com assento em buinho (palha), guarda fatos e todo o mais diverso mobiliário

Existem ainda 5 artesões, sendo esta a oficina do Sr José M. Rosado Vicente, que em tempos chegava a produzir 700 cadeiras por mês, hoje reduzido a bem menos.

Uma peça nacional que merece ser promovida

De dois em dois anos, as ruas do Redondo são ornamentadas com vários objetos, sobretudo flores, feitos em papel e de cores vivas. Trata-se de uma festa que remonta ao início do séc. XIX, preparada pelo próprio povo do concelho. Meses antes começam a criar as flores de papel que irão enfeitar as ruas e assim competir pelo prêmio da Rua mais bonita.

Acontece de 2 em 2 anos (anos ímpares), geralmente no verão

Bem próximo da Vila do Redondo, na serra D’Ossa, fica o preservado e bonito Convento de São Paulo, também conhecido por Convento de São Paulo da Serra de Ossa.

O Convento de São Paulo foi outrora morada dos monges de Jesus Cristo da Pobre Vida. Fundadas as primeiras construções no séc IV pelos monges eremitas, viriam a ser destruídos pelo terramoto do ano de 446. Resistente a invasões Romanas, Visigóticas e Árabes, é então construído o Convento em 1182, na parte mais fresca e aprazível da serra

Foi visitado por ilustres figuras como os reis D Sebastião, D João IV, por D Catarina de Bragança e por D. Carlos, que fez um picnic nos seus jardins.

Várias foram as obras feitas, as mais recentes pela família Leotte, actual proprietária do espaço cujo o empenho e esforço o preservou e o adaptou a uma unidade hoteleira.

Destaca-se o impressionante conjunto de azulejaria setecentista portuguesa com aproximadamente 55 mil azulejos que revestem as escadarias, corredores e capelas e que se mantêm praticamente intactas. Retratam narrativas do Antigo e do Novo Testamento, a vida de Santos e Eremitas

Existe a possibilidade de visitas guiadas, sob marcação, durante as 15h-17h e sem que estas afetem o funcionamento do hotel

Para ficar neste hotel premiado pelo Fórum Europeu dos Museus, em 2012, na área de conservação e restauro e classificado como Imóvel de Interesse Público, clique aqui

A vila de Alandroal foi fundada, em 1298, por D. Lourenço Afonso, Mestre de Avis.

O nome “Alandroal “ advém dos arbustos loendros, ou alandros (Nerium Oleander) que aí crescem em abundância, e cuja a madeira, ainda hoje, é utilizada em artesanato local

O Castelo do Alandroal desempenhou um papel importante nas guerras entre Portugal e Espanha, não fosse esta uma vila fronteiriça, separada pelo Rio Guadiana. Bem mantido, as suas garridas portas encarnadas convidam-no a entrar e passear pelos seus pátios, em xisto, ricos em história e cultura.

Ao percorrer as ruas bem cuidadas desta pequena e pacata aldeia encontrará casas caiadas com o traço típico Alentejano, laranjeiras perfumadas, casas apalaçadas, a Fonte Monumental do século XVII e XVIII, o Pelourinho e a Igreja da Misericórdia do Alandroal

Das tradições e cultura do Alandroal salientam-se os Cantares dos Reis e os pratos tradicionais confecionados com o Peixe do Rio, com especial ênfase durante o Festival do Peixe do Rio, que decorre normalmente durante o mês de março

Para além do artesanato em madeira, há a salientar os trabalhos em cortiça, pele e chifre

Agradecemos ao Monte da Fonte Santa a possibilidade de ver os magníficos trabalhos de VHILS e do Bordalo II

Colocados no exterior da sua propriedade, na N255, para serem por todos apreciados, encontrará um mural do artista Alexandre Farto (VHILS) de vinte e sete metros com dois rostos alentejanos e de Artur Bordalo (Bordalo II) que montou, a partir de peças de lixo, os Big Trash Snails (grandes caracóis de lixo) que servem para nos lembrar que o Homem está a destruir com a poluição.

Viana do Alentejo situa-se a 27 km de Évora e é ponto de encontro de antigos caminhos romanos (Alcácer do Sal, Évora e Beja). Desempenhou um papel de destaque na defesa estratégica de Portugal

Foi D Dinis que lançou as bases para a construção do castelo em 1313, no sopé da serra de onde escorre água cristalina que podemos ver nas várias fontes da vila de Viana do Alentejo.

O Santuário de Nossa Senhora D’Aires, de estilo barroco, situa-se fora da vila e é visitado por peregrinos desde 1743. Possui no seu interior uma colecção impressionante de ex-votos que demonstra a fé do povo pela virgem

Quando D. Dinis concedeu o foral a esta localidade, doou também 100 mil libras para a construção do Castelo.

Da estrutura original subsistem a planta pentagonal irregular e parte dos muros. No seu interior alberga, duas construções posteriores: a Ermida Nossa Senhora da Assunção e a Igreja da Misericórdia. Esta última com um imponente Portal Manuelino de enorme simbologia e beleza. Decorado com as divisas régias de D. Manuel: a cruz de Cristo, o escudo das quinas e as esferas armilares. É um edifício manuelino, com nítidas influências mudéjares, obra de Diogo Arruda.

No recinto do castelo repare também no invulgar cruzeiro Manuelino retratando a Virgem do Leite.

Realiza-se anualmente no 4º fim de semana de Setembro e tem a duração de 4 dias.

Teve origem numa promessa feita a Nossa Senhora D’Aires por parte do comerciantes de Évora: Em 1798 a população de Évora sofria de uma terrível peste que ao ser debelada os comerciantes festejaram junto ao Santuário em agradecimento a Nossa Senhora D’Aires. Repetindo-se nos anos seguintes as manifestações de fé e agradecimento, começaram a aparecer barracas e mercadores e em 1754, por alvará régio, as festas foram consideradas Feiras Francas

Esta invulgar e impressionante romaria liga a vila da Moita a Viana do Alentejo. Os peregrinos percorrem cerca de 150 km, a cavalo, pela antiga canada real, até chegarem ao Santuário de Nossa Senhora D’Aires. Um das mais importantes romarias de culto Mariano em terras alentejanas e que já se tornou uma tradição por toda a região

Realiza-se todos os anos, no quarto fim de semana de Abril, com chegada ao Santuário Nossa Senhora D’Aires, no sábado seguinte

Alcáçovas produz chocalhos desde o Século XVIII e constituiu a principal indústria desta povoação

Há mais de 200 anos que se fabrica, nesta vila, e do mesmo modo artesanal os mais diversos chocalhos. Grandes para gado vacum e cavalar, médios para gado lanígero e pequenos para animais domésticos. Um segredo de família passado de geração em geração

Outrora muito cobiçados para pendurar ao pescoço dos animais e saber seu paradeiro, hoje com a diminuição do pastoreio e colocação de cercas nas pastagens, o seu prazenteiro tilintar é ouvido cada vez menos.