Esta catedral, mais antiga que Portugal, deu origem ao ditado popular “mais velho que a Sé de Braga” referindo-se a algo ou a alguém verdadeiramente velho.

Também chamada de Catedral de Santa Maria de Braga, foi a primeira catedral portuguesa, construída antes da fundação deste país, no século XII, pelos pais do primeiro Rei de Portugal, D. Henrique e D. Teresa.

Preservado no seu interior estão relíquias artísticas com mais de nove séculos de história, incluindo os túmulos de D. Henrique e D. Teresa e do Infante D. Afonso, filho do rei D. João I e de D. Filipa de Lencastre.

Ao estilo românico inicial foram adicionados novos elementos ao longo dos tempos. No século XV, a construção do pórtico de entrada do templo foi feito em estilo gótico e durante o reinado de D. Manuel, foram introduzidos outros elementos decorativos. O estilo barroco está patente na decoração de interiores dos altares em especial na execução da talha dourada.

Ao visitar a Catedral, não perca o Museu do Tesouro da Sé, com uma extensa coleção que abrange ourivesaria, escultura, pintura, têxteis e mobiliário, além de uma custódia do séc. XVIII em prata dourada, com 450 diamantes.

Aqui, também encontrará a cruz que foi usada na primeira missa celebrada no Brasil, levada por Pedro Álvares Cabral.

A casa foi encomendada por Constantino Ribeiro do Lago, Cavaleiro da Ordem de Cristo. A construção terminou em 1699. O nome “Biscainhos” surgiu porque os construtores eram bascos, artesãos da província de Biscaia, que na altura também trabalhavam na Catedral de Braga.

O museu exibe, de forma permanente, coleções de artes decorativas que incluem mobiliário, cerâmica, porcelana europeia e oriental, artigos de vidro e vários exemplares de relógios nacionais e europeus.

Localizado no Centro Histórico de Braga, o Jardim de Santa Bárbara, com canteiros de buxo geométricos e bem cuidados, é uma explosão de cor e aromas.

Ao centro, a fonte do século XVII com a imagem de Santa Bárbara, que outrora pertenceu ao Convento dos Remédios, e que assim deu nome a este Jardim. A emoldurar este espaço, a Ala Medieval do Paço Episcopal Bracarense.

Um marco icônico da cidade de Braga

Mais um projeto do arquiteto bracarense André Soares. A cidade rompia as antigas muralhas já muito degradadas, expandindo-se. Foi comissionado o Arco da Porta Nova, para substituir a porta demolida das antigas muralhas. Este emblemático arco na realidade, nunca chegou a ter uma porta uma vez que já não existiam guerras que assim o justificassem

A expressão ” És de Braga? “, aplicada a quem não fecha a porta advém desse mesmo facto. Não havia porta para fechar!

É uma óptimo exemplo de arquitectura civil barroca, da autoria de André Soares

Mandado construir para sua habitação, em 1752, por João Duarte Faria, um cavaleiro da Ordem de Cristo e abastado comerciante. Em 1867, foi adquirido por Miguel José Raio, Visconde de São Lázaro, que deu nome ao Palácio. O novo proprietário insistiu na colocação de azulejos azuis na fachada exterior e abriu a rua exterior para permitir uma melhor visão da sua casa

Posteriormente, o Palácio do Raio foi adquirido pelo Banco do Minho que, por sua vez, o revendeu, no ano a seguir, à Santa Casa da Misericórdia que nela instalou alguns serviços do Hospital de S. Marcos.

Actualmente funciona como museu, apresenta uma colecção de pinturas, esculturas, peças de vestuário, documentação e arte sacra e ainda uma sala dedicada aos objetos utilizados no hospital. Exibe igualmente as obras dos maiores dois maiores arquitetos de Braga: André Soares e Carlos Amarante

A Arcada ou “Largo da Arcada”, localiza-se na Praça da República, local de eleição onde os Bracarenses se reúnem para conviver e comentar as notícias da atualidade

Durante o Séc. XVI funcionou aqui o mercado. Os seus 19 arcos serviam de alpendre para acolher os animais e mercadoria. Hoje alberga 2 dos mais emblemáticos cafés de Braga: O café Vianna referenciado em obras literárias de  Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco e o café Astória

Este mosteiro beneditino fica a 15 minutos da cidade.

O Mosteiro de Tibães funcionou como centro de formação de arquitetos, entalhadores, douradores e escultores, muitos deles intervenientes ativos na construção dos edifícios erguidos no séc. XVII, homens respeitados pelo seu contributo extraordinário à Arte portuguesa.

Possui no seu interior um acervo de arte sacra , pinturas e esculturas.

A igreja é um expoente do Barroco, com trabalhos de Manuel Álvares e André Soares.

Em redor do mosteiro, um jardim ornamentado com grutas, lagos e uma Capela

A 566 metros de altitude, com uma vista privilegiada sobre a cidade de Braga, encontra-se o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro. É um dos locais mais visitados de culto mariano em Portugal, suplantado apenas pelo Santuário de Fátima. O aumento incessante do número de devotos levaram à contínua expansão deste complexo religioso.

Este local de oração e louvor é constituído pela Casa das Estampas, a Casa do Reitor, a Capela do Santíssimo Sacramento, a igreja principal, a cripta, jardins, um restaurante e uma escadaria monumental, no topo da qual se encontram os monumentos do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora da Conceição.

Em 8 de dezembro de 2004, o Papa João Paulo II concedeu ao Santuário a Rosa de Ouro, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Igreja.

Datas comemorativas do Santuário de Nossa Senhora do Sameiro são:
O primeiro domingo de junho: A peregrinação anual da Arquidiocese de Braga, partindo da Catedral de Braga
O terceiro domingo de agosto: A peregrinação que começa no Santuário do Bom Jesus do Monte.

Um monumento cheio de simbolismo

A Via Sacra está representada em todo o Santuário do Bom Jesus do Monte com 17 capelas divididas pela Escadaria, Largo do Pelicano, Adro e Terreiro dos Evangelistas.

A escadaria aparentemente interminável é ricamente adornada no estilo barroco. Cada patamar é decorado com estátuas. Os peregrinos são encorajados a subir os 577 degraus, encontrando um simbolismo teológico que contrasta os sentidos terrenos com as virtudes do espírito. Cinco estátuas representam os sentidos com  água a jorrar dos olhos (visão), ouvidos (audição), boca (paladar), nariz (olfato) e finalmente tato, que segura um jarro. As fontes das virtudes representam fé, esperança e caridade.

No Adro,  a escoltá-lo até a Basílica, as oito figuras bíblicas responsáveis pela Condenação de Jesus.

Ao lado da Igreja, encontra-se o Museu da Confraria, com sua coleção de peças religiosas e a Biblioteca fundada em 1918.

O Funicular do Bom Jesus foi inaugurado em 1882. É o único da Península Ibérica e o mais antigo ainda em funcionamento

Funciona por contrapesos. Os dois funiculares estão ligados por um cabo. A cabine que está no topo da colina, tem os seus depósitos cheios de água, enquanto os depósitos da cabine que se encontra em baixo, são esvaziados. Quando o motorista solta os travões, a diferença de peso faz com que o funicular no topo deslize para baixo e o outro na parte inferior suba. Pura engenharia!

Os extensos Jardins do Parque do Bom Jesus de Braga garantem um dia bem passado. Vários trilhos convidam-no a passear por entre cantos e recantos com grutas, coretos e até um pequeno lago onde poderá pôr em prática o seu remar a bordo um barquinho colorido

Pare na ‘Frigideiras do Cantinho’ uma casa fundada em 1796 que surgiu com a receita das famosas frigideiras e as vende desde então. Uma massa folhada recheado de carne de vitela picada, e imortalizada por dois grandes autores portugueses Júlio Dinis e Camilo Castelo Branco

Semana Santa (Semana Santa): Braga celebra a semana santa em esplendor solene. Na semana que antecede a Páscoa, a cidade é toda ela decorada com panos violetas e flores, e as pessoas reúnem-se na rua para assistir às diversas procissões religiosas

Dia de São João: Apesar do dia de São João ser a 24 de junho, a cidade começa a preparar-se com quase duas semanas de antecedência, com ranchos folclóricos, bandas de música, grupos de Gigantes e Cabeçudos. Na noite de 23 de junho as pessoas saem à rua para comemorar com os martelinhos típicos e alho-porro. Muita dança e folia, bem comer e beber, manjericos e sardinhas e para terminar o dia espetáculos de fogos de artifício.

Braga Romana: Normalmente, durante o último fim de semana de maio, a cidade homenageia seu passado romano, montam feiras de rua, onde pessoas trajados com vestes romanas vendem peças artísticas e outras lembranças.

O traje de Vale do Cávado é o mais representativo da cidade de Braga, não sendo embora o único. Caracteriza-se por uma capotilha em vermelho vivo para as meninas moças e azul escuro ou preto para as senhoras casadas ou de mais idade.

Às saias pretas, rodadas e decoradas a cetim ou veludo sobrepõe-se o avental de cores vivas. O lenço branco da cabeça era atado sobre o colo e preso à cintura o “lenço dos pedidos” bordado com quadras ou frases amorosas.

Peças de Ouro adornam orelhas e pescoço

Exquisite gold jewellery adorns the ears and neck