O que visitar na Batalha, um lugar histórico imperdível

Batalha

A cidade da Batalha cresceu principalmente graças ao Mosteiro de Santa Maria de Vitória, mais conhecido como o Mosteiro da Batalha.
Mais do que saber o que visitar na Batalha, descubra os acontecimentos que levaram à construção deste monumento, fruto da promessa de um Rei, guiado pelo bom gosto de sua mulher

O que visitar na Batalha

Mosteiro de Santa Maria da Vitória

View of the famous landmark, Monastery of Batalha, Portugal.

Mosteiro da Batalha ou Mosteiro de Santa Maria da Vitória, foi mandado edificar por D João I, Mestre de Avis, em cumprimento de um voto pela vitória de Portugal contra os castelhanos, na Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385

D. João dedicou o mosteiro à Virgem Maria, a quem havia invocado para interceder por Portugal junto de Deus e doou-o à Ordem Dominicana, à qual pertencia o seu confessor.

Os trabalhos de construção iniciaram-se em 1388 e foram concluídos somente dois séculos depois, em 1517, abrangendo o reinado de 7 Reis de Portugal.

No seu interior destaca-se:

A igreja cuja grandiosidade (80 metros de comprimento, por 22 metros de largura e 32 de altura) não deixa ninguém indiferente. Dado o tempo que demorou a terminar a igreja, a sua construção foi conduzida por 2 mestres diferentes: primeiro pelo português Afonso Domingues e depois pelo francês Huguet.

A Capela dos Fundadores onde estão sepultados D. João I e D. Filipa de Lencastre; o primeiro Panteão Régio e túmulo conjugal da história de Portugal. O túmulo de D João I e D. Filipa de Lencastre, no centro da capela, exibe as suas efígies, de mãos dadas, o gesto matrimonial mais crucial. Na parede do fundo, virada a sul, encontram-se um outro conjunto de túmulos, onde jazem os filhos destes Reis e baptizados por Camões de “Ínclita Geração”

As Capelas Imperfeitas ou Inacabadas, profusamente decoradas com elementos em estilo manuelino e gótico flamejante, foram pensadas por D. Duarte para panteão de sua família. A morte prematura do rei e, de seguida, do próprio arquitecto impediram que a obra se concluísse.

Sala do Capítulo teve início no reinado de D. João I e terminou apenas na época do seu neto, Afonso V. Hoje é onde estão sepultados os restos mortais de 2 soldados desconhecidos da Grande Guerra, com direito a Guarda de Honra, com mudança da guarda de hora a hora

O Claustro Real foi iniciado por Afonso Domingues e terminado por Huguet que no essencial respeitou os primeiros planos diretores. Durante o reinado de D. Manuel I o Claustro Real foi ornamentado com primorosas talhas que ocupam o terço superior das janelas. Elas estão entre as primeiras obras de arte manuelina

A Pia encontra-se junto ao refeitório e ainda utiliza a água de origem. Lavar as mãos antes das refeições era um ritual importante, não obstante este lugar também servir para a higiene pessoal dos frades.

No Mosteiro da Batalha encontrará o primeiro vitral do país e primeiro claustro com piso superior.

O novo claustro anexo ao mosteiro, durante o reinado de Afonso V, é construído no estilo sóbrio partilhado por outros edifícios reais da época. No andar de cima encontram-se as celas de frades e noviços, bem como a biblioteca e o arquivo. As divisórias do piso térreo incluem a despensa, armazém de lenha, depósito de azeite, lagar de vinho e oficinas

O Mosteiro da Batalha encontra-se classificado como Património da Mundial pela UNESCO.

Centro interpretativo da Batalha de Aljubarrota

Nuno Alvares Pereira was decisive in the battle of Aljubarrota

A Batalha de Aljubarrota decorreu no final da tarde de 14 de Agosto de 1385 entre tropas portuguesas, com aliados ingleses, comandadas por D. João I de Portugal e  D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano e seus aliados liderados por D. João I de Castela. Uma batalha decisiva na história de Portugal. Uma batalha que durou poucas horas e onde foram utilizadas inovadoras tácticas militares.

O resultado foi uma derrota definitiva dos castelhanos, o fim da crise de 1383-1385 e a consolidação de D. João I, (Mestre de Avis), como rei de Portugal, o primeiro da Dinastia de Avis. A aliança Luso-Britânica saiu reforçada desta batalha e seria selada um ano depois, com a assinatura do Tratado de Windsor e o casamento do rei D. João I com D. Filipa de Lencastre. Esta aliança ainda hoje perdura e é a mais antiga já estabelecida

Desta batalha resulta a lenda da Padeira de Aljubarrota, uma mulher forte e rude, de nome Brites de Almeida, que depois de percorrer o mundo como feirante e ser vendida como escrava, terá regressado à sua terra, tornando-se padeira. No dia da Batalha de Aljubarrota, depois de nela ter participado, terá regressado a casa para encontrar, escondidos no seu forno, sete Castelhanos foragidos da batalha. Diz-se que apenas armada com a sua pá de padeira, rapidamente lhes tratou da saúde

O Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota localiza-se na povoação de São Jorge,

Morada: Av. D. Nuno Álvares Pereira, nº 120, São Jorge.

2480-062 Calvaria de Cima.

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Pia do Urso

Pia do Urso fica a poucos minutos da Batalha. Uma aldeia serrana que mantém a sua tipicidade.

Situa-se numa antiga encruzilhada de vias Romanas que ligava Lisboa a Batalha. Diz-se que por aqui passaram, e descansaram, as tropas de D. Nuno Álvares Pereira, vindos de Ourém, a caminha da Batalha de Aljubarrota.

Uma aldeia voltada para o turismo com a particularidade de ter um percurso pedestre “sensorial”, adaptado a invisuais. Aqui pode apreciar a beleza do Eco-Parque Sensorial, a sua flora e fauna, e as diversas formações geológicas denominadas “pias”, em especial aquela onde um urso vinha beber água dando origem ao nome da aldeia: Pia do Urso.

Os ursos foram extintos em Portugal por volta do século XVIII apenas sobrevivendo na Península Ibérica alguns exemplares na região das Astúrias

Personalidades ligadas à Batalha

D João I - O início da Dinastia de Avis

The tomb of D Filipa de Lencastre and D João I in the Monestary of Batalha

D João é o filho ilegítimo de D Pedro I e D. Teresa Lourenço

D. Pedro I casa com a infanta castelhana Constança Manuel com a qual tem um filho, D. Fernando. No entanto, tal não o impede de se enamorar com a aia de sua rainha,  D Inês de Castro com quem teve 2 filhos: D. João e D. Dinis. Uma das maiores histórias de amor, onde um rei desgostoso coroa a sua amada rainha depois de morta. Posteriormente, D Pedro I teve ainda um quarto filho, D. João, com D Teresa Lourenço.

Com a morte de D Pedro I, sucede-lhe seu filho legítimo D. Fernando I

D Fernando I “rouba” D Leonor Teles de Menezes a seu marido, para com ela casar. Tal acto nunca foi bem visto, nem pelo povo, nem pela nobreza. Deste casamento resultou apenas um herdeira legítima D Beatriz, casada aos onze anos de idade com o rei D. Juan de Castela.

Para salvaguardar a soberania do reino português, e evitar a junção das coroas ibéricas, estabeleceu-se o Tratado de Salvaterra, uma acordo pré-nupcial que entregava a regência de Portugal à rainha D. Leonor Teles, até que um varão gerado por D. Beatriz e D. Juan de Castela tivesse idade suficiente para assumir o trono Luso.

No entanto, o governo de D Leonor pouco tempo durou: Após falecimento de D Fernando I e pouco tempo depois do casamento de sua filha, o rei castelhano não cumpriu com o acordo e invadiu Portugal.

O Conde de Andeiro era um nobre galego e uma das figuras mais influentes da corte portuguesa da época. Não só gozava de favor especial do rei d. Fernando como tinha uma ligação pessoal a D. Leonor, dizia-se mesmo que era seu amante. Quando o rei morreu, os burgueses de Lisboa e alguns sectores da nobreza descontentes com a regência da rainha e o poder crescente do Conde de Andeiro juntaram-se em torno de D João, Mestre de Avis e filho ilegítimo de D. Pedro

Assim, incendiado pelo descontentamento geral, a 6 de Dezembro de 1383, D. João, Mestre de Avis, juntamente com Nuno Alvares Pereira, assassina o Conde de Andeiro. Com este acto inicia-se uma sucessão de acontecimentos que lhe entregará a regência de Portugal

O novo rei D João I, juntamente com Nuno Alvares Pereira, venceram os castelhanos em várias batalhas senda a mais marcante e decisiva, a Batalha de Aljubarrota em 1383.

Em 1387, D. João I casa com D. Filipa de Lencastre, filha de John de Gaunt, Duque de Lencastre, fortalecendo por laços familiares os acordos do Tratado de Aliança Luso-Britânica, que perdura até hoje.

D. Filipa nunca se desligou dos hábitos ingleses e, por sua influência, novos costumes foram introduzidos na corte portuguesa.

Seus filhos, designados por Luís Vaz de Camões, nos Lusíadas, por «Ínclita geração» receberam de seus pais uma esmerada educação.

O rei D. Duarte, nos 5 anos de governação deu continuidade às políticas de expansão marítima e conquistas em África.

D. Pedro, foi um dos príncipes mais esclarecidos do seu tempo e muito viajado. Foi regente de D. Afonso V de Portugal, seu sobrinho.

D. Henrique, o navegador, Grão-Mestre da Ordem de Cristo investiu a (sua?) fortuna na investigação da navegação, náutica e cartografia. Foi o grande promotor e impulsionador dos Descobrimentos Portugueses. Razão pela qual as caravelas portuguesas ostentavam nas suas velas a Cruz de Cristo

A sua única filha, D. Isabel de Portugal, casou com o Duque da Borgonha e entreteve uma corte refinada e erudita na sua nova terra

D. Fernando, o Infante Santo (1402-1433), seguiu seu irmão D. Henrique na expedição que desembarcou em Marrocos com o intuito de conquistar Tânger, em 1436. O exército português foi cercado pelos marroquinos. Os mouros permitiram que os portugueses re-embarcassem, mas com a condição de devolver Ceuta, que tinha sido tomada em 1415. D Fernando foi deixado como refém em cativeiro. Essa condição nunca foi satisfeita e D. Fernando acabaria por morrer na prisão, em Fez, a 5 de junho de 1443.

A fim de controlar a navegação na costa de África, D João I  tomou em 1415 a cidade de Ceuta. Foi também durante o reinado de D. João I que foram descobertas as ilhas de Porto Santo (1418), da Ilha da Madeira (1419) e dos Açores (1427), além de se fazerem expedições às Canárias.

D João I morreu em de 1433. Jaz na Capela do Fundador juntamente com sua mulher D Filipa de Lencastre e a Ínclita Geração, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

O que visitar na Batalha: Tours selecionados

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Onde ficar na Batalha? As nossas sugestões

Mosteiro View

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A cerca de 30 metros do Mosteiro da Batalha, numa das praças mais animadas da vila, muito próximo dos principais espaços comerciais, restaurantes e bares. No entanto, não deixa de ser muito tranquilo e agradável.

Um prédio antigo totalmente remodelado oferecendo pequenos apartamentos com cozinhas totalmente equipadas

Hotel Casa Do Outeiro

Hotel Casa Do Outeiro

O Hotel Casa d Outeiro, situada na Batalha, oferece vistas panorâmicas para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória. A maioria dos quartos possui uma varanda privada e alguns desfrutam de vista sobre o mosteiro.

Tem piscina, uma decoração alegre e despretensiosa que torna os espaços únicos e acolhedores. Um hotel aconselhado para quem viaja em família

Luz Charming Houses na Batalha

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A 500m do Santuário de Fátima emana tranquilidade. 3 Casas com 15 quartos – 6 dos quais suites com Kitchenette, amplas janelas para o jardim, decoradas com lajes de pedra, madeira e cimento num ambiente intimista e acolhedor. Um lugar para relaxar e revigorar.

Olive Hill Guesthouse

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O Olive Hill Guesthouse fica a 3 km da Batalha e oferece chalés aconchegantes com pátio ou varanda, além de restaurante e uma piscina exterior

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