O Castelo de Arraiolos também conhecido como o Paço do Alcaide torna-se, pela sua configuração circular, um exemplar único do seu gênero.

Localizado no cimo do Monte de S. Pedro, oferece uma deslumbrante vista panoramica sobre a tipica planicie alentejana

Nuno Álvares Pereira, 2º Conde de Arraiolos e Condestável de Portugal passava largas temporadas neste castelo, antes de se recolher ao Convento do Carmo.

A igreja do Salvador encontra-se no interior do Castelo de Arraiolos, no cimo de um pequeno morro. Esta singela Igreja do séc. XVI serviu de Igreja Matriz da vila no tempo em que a população vivia intramuros.

Só em 2003 com a requalificação urbanística da praça é que descobriram que esta estava assente sobre uma tinturaria muçulmana. Foram destapados 95 fossos de pedra calcária, que serviam para molhar e tingir a lã.

Crê-se que o início da produção de tapetes em Arraiolos ocorreu durante o reinado de D Manuel I.

D Manuel I decretou a expulsão de todos os Muçulmanos, de Portugal, ou a sua conversão ao Cristianismo. Tal ato fez com que os tapeteiros da comuna de Lisboa migrassem para sul, território mais tolerante a nível religioso

Assentaram arraiais em Arraiolos, uma vila conhecida entre os mouros por possuir um grande complexo tintureiro, cujo as características são semelhantes a uma que, ainda hoje, existe em Fez, Marrocos

Actualmente a praça é ponto de encontra da população com vários estabelecimentos comerciais em redor. No Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, também situada nesta praça, poderá ainda ver os fossos desta tinturaria

Durante séculos a produção de tapetes de Arraiolos estava enraizada nos costumes e quotidiano das gentes da vila. Famílias inteiras ocupavam-se no seu fabrico: as mulheres fiavam e tingiam: os homens cardavam; os rapazes iam ao campo em busca do trovisco e do lírio, plantas preciosas para a confecção dos amarelos e dos verdes. Todas as mulheres arraiolenses sabiam bordar.

Um tapete de arraiolos é bordado inteiramente à mão e a perfeição é tal que o seu avesso é tão apresentável como o “direito”. Uma bordadeira experiente fará, por mês, cerca de  2m2 de tapete.

Influenciado inicialmente pelos tapetes persas e padrões de azulejaria, o tapete de arraiolos evoluiu para desenhos e esquemas decorativas populares, assentes na flora e fauna local.

O tapete de arraiolos pode ser encontrado tanto em palácios como na mais humilde casa. Uma tradição a manter para incentivar e evitar que entre em esquecimento tamanho tesouro nacional

Instalado no edifício do antigo posto da GNR, na praça do município, fique a conhecer a história e evolução desta peça artesanal que é emblema da terra desde o século XVI.

Conheça as plantas utilizadas para tingir a lã, a manufactura do tapete, desde a tela até ao ponto e utensílios utilizados, bem como impressionantes exemplares destes tapetes feitos à mão.

Pastéis de Toucinho de Arraiolos, um doce conventual assim chamado por ter realmente como ingrediente o toucinho. Sendo o porco a base da alimentação alentejana, não é de estranhar que o os seus derivados, comecem também a aparecer na doçaria regional.

De massa muito fina, recheadas com doce de ovos, amêndoa e toucinho.