Vila Viçosa
Neste “Vale Viçoso” habitaram, em tempos, Romanos e Mouros.
D João I doou a Vila Viçosa a D. Nuno Álvares Pereira, no século XIV, e assim se iniciou uma nova dinastia que iria não só transformar o destino desta vila como o de Portugal.
Rica em monumentos e terra de ilustres personagens é também fértil em mármore, motor impulsionador da economia da região e elemento muito presente na decoração.
O que visitar em Vila Viçosa
Paço Ducal de Vila Viçosa
O Palácio ou Paço Ducal representa um dos mais emblemáticos monumentos de Vila Viçosa.
A sua construção inicia-se em 1501, por ordem de D Jaime, quarto Duque de Bragança. Ao longo dos séculos XVI e XVII sucedem-se várias obras de engrandecimento. De salientar a fachada com 110m cobertos a mármore, os frescos e azulejos seiscentistas, os tectos em caixotões pintados e as lareiras, em mármore, presentes em todas as salas.
Pintados no tecto da Sala dos Duques estão os retratos de todos os “Príncipes de Sangue” da Casa de Bragança.
No final da visita, a cozinha impressiona pela variedade e imensa coleção de utensílios de cobre que reluzem nos armários e paredes
Os Duques chegaram a ter cerca de 500 fidalgos e servidores a residir nesta vila como segunda corte. A Casa de Bragança era uma das mais ricas familias do reino, e tal facto está patente na decoração deste palácio.
Em 1640, com a ascensão da Casa de Bragança ao Trono de Portugal, o Paço Ducal de Vila Viçosa passou a ser apenas ocupado ocasionalmente. No reinado de D. Luís e D. Carlos servia como casa de veraneio e caça.
A implantação da República, em 1910, levou ao encerramento do Paço Ducal de Vila Viçosa que, por vontade expressa em testamento de D. Manuel II, reabriu as suas portas ao público pela instituída Fundação da Casa de Bragança
Todos os elementos elegantemente expostos, de grande variedade e beleza e em excelente estado de conservação, leva-nos ao quotidiano dos Reis, Rainhas e Príncipes que por lá habitavam. Exemplares como os esboços de D. Fernando II e D. Carlos assim como os seus aposentos dão-nos uma visão humana e admirável das nossas personagens históricas.
Um local imperdível na sua vista ao Alentejo
Núcleos Museológicos do Paço Ducal
Fazem ainda parte dos Núcleos Museológicos do Paço Ducal: A Armaria; Tesouro; Porcelana Azul e branca da China e Carruagens
Armaria
Apresenta peças que demonstram a relevância da caça e do tiro para esta família assim como o revólver disparado por D. Luís Filipe no dia do Regicídio. Exibe também as armas exóticas, africanas e asiáticas, da coleção do monarca D Fernando.
Tesouro
Do vasto espólio com mais de 170 peças de ourivesaria civil dos séculos XVIII e XIX destacam-se a cruz de D. Catarina de Bragança, a Caravela cofre e diversas alfaias de culto.
Apresenta também pinturas e tapeçarias flamengas bem como notáveis peças de cerâmica
Porcelana Azul e Branca da China
Uma centena de peças do século XVI e XVII, em porcelana branca pintada a azul -cobalto sob o vidrado
Coleção de carruagens
A coleção reúne vários coches e berlindas do século XVIII que pertenciam à Família Real e viaturas de gala do Século XIX e XX. Exibe também carros de campo e caça.
Porta dos Nós no Paço Ducal
Uma porta elaborada em mármore e ardósia caracterizada por duas colunas e um arco, presos por um grosso cabo. Símbolo do poder fidalgo da Casa de Bragança que traduz a máxima: “Depois de Vós, Nós” – sendo que Vós é o rei.
Tapada Real
A Tapada Real ocupa uma área superior a 1500 hectares e é o maior espaço amuralhado do país. Predomina o montado de sobro e azinho e é povoado por espécies venatórias como veados, gamos e javalis.
Conta ainda com três ermidas, Santo Eustáquio, São Jerónimo, Nossa Senhora de Belém e um palacete mandado construir por D. Teodósio I, em 1540, junto à ribeira de Borba.
Igreja do Convento de Chagas- Pousada D João IV
Erguido em 1514 por D. Jaime para ser Panteão das Duquesas da Casa de Bragança, o Real Convento das Chagas de Cristo, foi ocupado, em 1535, pelas Clarissas provenientes do Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Beja
Ali se recolhiam jovens da melhor nobreza do reino que ingressaram na vida religiosa, muitas delas nascidas de relações extraconjugais
Actualmente alberga a Pousada D. João IV
Convento e Igreja dos Agostinhos
Em frente ao Paço Ducal o Convento e Igreja dos Agostinhos, de 1267. Entregue à ordem dos Eremitas Calçados, este foi o primeiro convento a ser instituído em Vila Viçosa.
O Convento foi reestruturado por ordem de D. Jaime, 4º Duque de Bragança, de modo que sua fachada ficasse virada para o Terreiro do Paço.
A partir de 1677 a igreja, ao estilo barroco, passou a ser Panteão da Memória aos Duques de Bragança, acolhendo no seu interior o túmulo do 1º Duque de Bragança, D Afonso
Castelo de Vila Viçosa
O Castelo de Vila Viçosa foi mandado edificar por D Dinis no século XIII.
De 1461 até à construção do Paço Ducal foi residência dos Duques de Bragança.
Durante as Guerras de Restauração (1641 – 1668) e de modo a resistir a possíveis ataques, o Castelo de Vila Viçosa foi adaptado por Cosmander às necessidades defensivas da época, com a adição de um sistema estrelado poligonal e reforço dos muros da cidadela, à semelhança do que foi feito em Elvas.
Dentro das muralhas do Castelo encontrará a Igreja Igreja Matriz, santuário que alberga a imagem de Nossa Senhora da Conceição.
No próprio Castelo o Museu de Arqueologia e o Museu da Caça.
Santuário de Nossa Senhora da Conceição
O solar da Padroeira de Portugal localiza-se no interior da cerca amuralhada do castelo e a sua fachada apresenta linhas simples e sóbrias, resultantes de remodelações posteriores ao terramoto de 1755 e de alterações nos fins do século XIX.
Igreja de S João Evangelista
Na Praça da Républica encontrará a Igreja de S João Evangelista. Um edifício imponente cuja a fachada se encontra revestida com os mármores da região.
Também conhecido como Igreja do colégio ou de São Bartolomeu, foi edificado por ordem dos Duques de Bragança (1636) para acolher o colégio jesuíta de S. João Evangelista
A Casa de Florbela Espanca
A poetisa Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa a 8 de Dezembro de 1894, onde passou uma infância feliz.
Aos 8 anos escreve o seu primeiro soneto.
Empenhada nos estudos, frequentou a Faculdade de Direito em Lisboa. Colaborou em diversos jornais e revistas. Publicou duas obras poéticas, distinguidas, Livro de Mágoas e Livro de Soror Saudade
O que Saborear
As tibornas, um doce conventual feito com ovos, açúcar, amêndoas echila, envolto em papel de alumínio e papel colorido e rematado com uma fita.
Festividades
Peregrinação de Nossa Senhora da Conceição – 8 de Dezembro
Realiza-se a 8 de Dezembro no Solar da Padroeira no interior do Castelo. Após a eucaristia há uma procissão que conduz a imagem de Nossa Senhora da Conceição pelas ruas da vila
Festas dos Capuchos (Setembro)
Anualmente, no segundo fim de semana de Setembro, as Festas dos Capuchos, trazem muita gente para assistir e participar nas afamadas largada de touros. Há musica, arraiais e momentos de devoção a S. Francisco.
Personalidades ligadas a Vila Viçosa
Nuno Álvares Pereira
Nuno Álvares Pereira, nasceu em 1360. Com apenas 13 anos entra para a corte de D. Fernando onde depressa se distingue dos outros jovens e é escolhido como escudeiro da rainha D. Leonor.
Em 1383, após a morte de D. Fernando, torna-se a espada que defendeu e preservou a independência de Portugal às invasões castelhanas.
Nomeado Condestável do Reino, por D João I (Mestre de Avis) em 1385, assumiu o cargo militar mais importante da nação e de grande poder.
Na Batalha de Aljubarrota, de 14 de Agosto 1385, vence as tropas castelhanas e recebe as terras, entre as quais Vila Viçosa, e títulos dos nobres que tinham apoiado o Rei de Castela, tornando-se o homem mais rico de Portugal.
Nuno Álvares Pereira funda a Casa de Bragança, em 1401, por ocasião do Casamento de sua única filha, D. Beatriz Pereira Alvim, como dote e sua herança. Casa ela com D Afonso, filho ilegítimo de D. João I, que assim recebe o título de 1º Duque de Bragança.
O 8º Duque de Bragança, foi aclamado Rei de Portugal, como D João IV, e dá início à Dinastia de Bragança.
Depois de um vida dedicada ao serviço do reino, Nuno Álvares Pereira inicia em 1389 a construção do Convento do Carmo, onde depois de distribuir todos os seus bens, se entregou à vida religiosa, com o nome de Nuno de Santa Maria
Nossa Senhora da Conceição: Padroeira de Portugal
Fotografia tirada do mural existente no Turismo de Vila Viçosa
D João IV nasceu em Vila Viçosa, filho do 7º Duque de Bragança, D. Teotónio.
Ascendeu a rei em 1601 dando origem à Dinastia da Casa de Bragança e ao fim do domínio Filipino, devolvendo assim a independência ao Reino de Portugal.
Em agradecimento oferece a coroa a Nossa Senhora da Conceição, proclamando-a Padroeira de Portugal e a partir dessa altura, todos os reis de Portugal passaram a ser representados ao lado da coroa régia, e não com ela colocada na cabeça, como sinal de devoção e respeito
D. João IV
Durante o dominio Filipino, Portugal era tratado como uma província de Espanha pelo Rei D Filipe III.
Sem justiça e empenho, tal governo, provoca o descontentamento de todas as classes portuguesas e o desejo da restauração da independência de Portugal
O então Duque de Bragança, D João, letrado e artista, começou a ser considerado para substituto de D. Filipe III no trono português.
No entanto, D João não convicto com o rumo que a sua vida podia tomar, apresentou a proposta que lhe haviam feito a sua mulher. D. Luísa convenceu-o a aceitar o desafio pois seria “melhor morrer reinando do que servindo”.
Assim, a 1 de Dezembro de 1640 foi posto fim ao domínio filipino que durava há 60 anos e o 8º Duque de Bragança é aclamado rei D. João IV, iniciando a Dinastia de Bragança
D. João IV reinou durante 16 anos. Dotou o país de novas fortalezas e promoveu a adaptação dos existentes aos novos métodos de guerra para fazer frente às forças espanholas. Reorganizou o exército e desdobrou-se em contactos com as cortes europeias para garantir o apoio das restantes casas reais à independência de Portugal.
O esforço político, militar e administrativo de D. João IV foi de facto notável
D. João IV morreu em Lisboa, a 6 de Novembro de 1656 e foi sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora, sendo sucedido no trono pelo seu filho D. Afonso VI.
Em frente ao Paço Ducal de Vila Viçosa a estátua equestre de D João IV, o Restaurador
D. Catarina de Bragança
D. Catherine of Braganza by Peter Lely
Nasceu em Vila Viçosa, filha de D João IV (na altura 8º Duque de Bragança) e D. Luísa de Gusmão, no dia de Sta Catarina: 25 de Novembro de 1638.
Após D João I ter assegurado a restauração da Independência de Portugal e o fim do domínio Filipino, Portugal ainda manteve um período de conflitos com os espanhóis que não se conformaram com a perda de Portugal. Estas guerras deixavam um país delipidado e empobrecido e a fome alastrava a vários pontos do país.
A viúva, D. Luísa de Gusmão, regente, na menoridade de seu filho Afonso VI, procurando reforçar a aliança luso- britânica cuja a ajuda militar tanto necessitava para fazer frente aos espanhóis, negociou o casamento da princesa Catarina de Bragança com o rei de Inglaterra, Carlos II.
Este casamento, tendo sido fundamental para o futuro de Portugal, custou muito ao país. O dote avultado exigido, obrigou a D. Luísa de Gusmão e a nobreza portuguesa, a empenhar muitos dos seus bens para o concretizar e incluiu ainda a transferência, para os ingleses, da posse de Tânger, em Marrocos, e de Bombaim, na Índia.
Catarina não foi uma rainha popular em Inglaterra por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Foi alvo de inúmeras suspeições, intrigas e conspirações, o que se agravou com a circunstância de nunca ter conseguido ter um filho do rei (que, em contrapartida, teve 15 filhos das suas muitas amantes).
Sem posteridade, deixou pelo menos à Inglaterra a geleia de laranja, o hábito de beber chá, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco.
Alguns anos após a morte do marido, retornou a Portugal, onde exerceu a regência em dois curtos períodos. Primeiro em 1704, quando D. Pedro II, seu irmão, se deslocou à Beira e depois em 1705, quando este adoeceu gravemente.
Faleceu na cidade de Lisboa em 1705
Como chegar a Vila Viçosa
Embora seja possível fazer uma viagem de um dia a partir de Lisboa, aconselhamos que reserve um ou dois dias para também visitar as cidades vizinhas, como Évora, Elvas e Estremoz.
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Tours em Vila Viçosa
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Visite Vila Viçosa: O início da Casa de Bragança
O alojamento perfeito para ficar em Vila Viçosa
Onde ficar em Vila Viçosa? As nossos sugestões
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Uma propriedade senhorial do Século XVI com estábulos e jardins antigos aos quais foi adicionado um novo edifício, piscina e terraços para banhos de sol. Decorada num estilo moderno, possui todas as comodidades.
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Animais de estimação são permitidos
Pousada Convento de Vila Viçosa
A Pousada encontra-se no antigo Convento Real das Chagas de Cristo mandado construir por D. Jaime no século XVI. As antigas celas foram transformadas em 39 quartos espaçosos, 11 dos quais temáticos
Disponibiliza uma piscina exterior, um terraço espaçoso e um restaurante onde outrora era o antigo refeitório do convento
Animais de estimação são permitidos
Alentejo Marmòris Hotel & Spa
Alentejo Marmòris Hotel & Spa, a Small Luxury Hotel of the World é uma homenagem não só ao mármore da região patente nos seus 44 quartos, salas e piscina, como à gastronomia alentejana
Para além do spa existem salas de conferência para eventos sociais e empresariais