O Largo da Oliveira é uma praça rodeada por carismáticas e bem cuidadas casas típicas do norte.

Recebeu nome da oliveira que fora ali plantada para fornecer azeite para as luzes do altar da igreja. Diz a lenda que a oliveira acabou por secar e um comerciante colocou uma cruz no seu lugar. Milagrosamente, a oliveira renasceu. Infelizmente a oliveira atual já não é a original.

Aqui encontrará um santuário gótico, construído no reinado de D. Afonso IV para comemorar a Batalha do Salado, a Igreja de Nossa Senhora de Oliveira e no lado norte da praça um edifício medieval que abrigou a Câmara Municipal suportado por uma arcada gótica que conduz ao Largo de São Tiago

Assim, a partir Largo da Oliveira pode ir até o Largo de S Tiago ou ao Largo do Toural.

Igreja de Nossa Senhora da Oliveira foi um lugar de culto mariano desde o século X. Fundado pela condessa Mumadona Dias, do qual resta pouco de sua estrutura original.

Antes da Batalha de Aljubarrota, o rei D. João I rezou diante da imagem de Santa Maria, ali alojada. Vencendo a batalha, honrou a sua promessa e reconstruiu a igreja. O trabalho continuou até 1413, tornando-se um marco da arquitetura gótica no norte de Portugal.

O Museu Alberto Sampaio encontra-se alojado nesta igreja e exibe uma colecção de peças de prata medievais e renascentistas e a túnica usada por D. João I durante a Batalha de Aljubarrota.

A torre sineira, que tem características manuelinas, distingue-se do corpo principal da igreja.

Largo de São Tiago. Reza a lenda que o apóstolo Tiago trouxe a imagem da Virgem Maria para  esta praça, em Guimarães, e colocou-a no templo pagão existente.

Casas carismáticas do séculos XVI-XVII de 3 andares com varandas de madeira repletas de flores coloridas cercam esta praça, enquanto cafés e restaurantes convidam-no a sentar e descansar um pouco.

É especialmente atraente quando o sol se desvanece e as lâmpadas elétricas se acendem criando um ambiente mágico na praça que está aberta até altas horas

Daqui siga a estreita Rua de Santa Maria, uma das primeiras ruas a ser construída em Guimarães. Encontrará o Convento de Santa Clara (século XVII), a Casa do Arco, com uma pequena ponte erguida sobre a rua, a Casa dos Peixotos e a Casa Gótica dos Valadares. A rua mais requisitada em tempos medievais.

A sua origem foi uma pequena ermida edificada em 1576 e dedicada a Nossa Senhora da Consolação, embora a actual igreja, da autoria do arquitecto bracarense André Soares, tenha sido concluída só em 1785. E as torres sineiras, projectadas pelo arquitecto portuense Pedro Ferreira, foram acrescentadas já em meados do século XIX, assim como a escadaria e a balaustrada.

Hoje em dia, o centro desta cidade, no entanto durante o século XVIII situava-se fora das Muralhas do Castelo e onde ocorria a feira do gado.

Neste largo situa-se a Pastelaria Clarinha, uma pastelaria com mais de 65 anos e conhecida por servir as melhores Tortas de Guimarães. Dê lá um pulinho.

A tradição do trabalho em couro é antiga em Guimarães que remonta à Idade Média. Contribuiu muito para a projeção econômica de Guimarães e para o desenvolvimento de outras atividades como a indústria de calçados.

As peles do gado abatido na região eram limpas de pêlo e gordura e colocadas em tanques rasos de granito e mergulhados em água, para iniciar o processo de curtimento.

A casca de carvalho, retirada de árvores que abundavam nas altas montanhas de Fafe, ofereciam o tanino necessário a este processo, todo ele um conhecimento transmitido de geração em geração. Os curtidores tinham um trabalho duro, sujo e fedorento.

A antiga “cidade do couro” era a parte mais insalubre de Guimarães.

Encomendado pelo primeiro Duque de Bragança. D. Afonso de Barcelos filho bastardo de D. João I, durante o século XV, foi inspirado nas típicas casas senhoriais francesas.

Quando a residência dos Duques de Bragança foi posteriormente transferida para o Palácio de Vila Viçosa, no Alentejo, este edifício foi-se degradando aos poucos.

Serviu como um quartel militar e foi somente em 1937 que foi restaurado à sua antiga glória. Dentro, encontrará peças de mobiliário do século XVII, coleções de armas antigas e um notável grupo de quatro enormes tapeçarias, retratando em grande detalhe cenas da chegada dos portugueses em Arzila, o cerco desta mesma cidade no norte da África e a captura de Tânger.

No Monte Largo ergue-se o Castelo de Guimarães. O ponto de partida da história portuguesa, a origem da nação.

Durante o século X, a viúva, condessa Mumadona Dias, manda construir um mosteiro na sua herdade Vimaranes (hoje Guimarães).

Mais tarde, a fim de proteger o monges e a população, cercou-o com muros protetores devido aos ataques constantes dos vikings, que chegaram por mar desde o norte da Europa, e os mouros, que fizeram incursões dos territórios que ocupavam a sul. Foram estas as primeiras pedras a serem colocadas no que viria a ser o Castelo de Guimarães

Durante o século XII, o Conde D. Henrique e D. Teresa chegam a Guimarães, assumindo o governo da província do Condado de Portucalense, de seu sogro Afonso VI de Leão, ordenando que uma fortaleza maior e mais sólida fosse construída. Aqui se estabeleceram e acredita-se que foi aqui que D.Afonso Henriques nasceu

Uma igreja de grande simplicidade construída pelo Conde D. Henrique (Henrique de Borgonha) durante o século XII. Local que se acredita que seu filho, D Afonso Henriques, mais tarde o primeiro rei de Portugal, tenha sido batizado.

Sob as tábuas do soalho, estão enterrados nobres guerreiros ligados à fundação da nacionalidade

O Monte da Penha tem excelentes trilhos para caminhadas, com inúmeras grutas, pedras, caminhos sinuosos e vegetação exuberante.
Além do Santuário, há um parque de campismo, uma estalagem, um mini-golfe e centro hípico, zona de merendas e um restaurante.

Para chegar lá, apanhe o teleférico e obtenha uma das melhores vistas de Guimarães

A capela foi comissionada em 1652 e em 1727 foi integrada no Convento da Imaculada Conceição.

A peregrinação anual é realizada no segundo domingo de setembro

D. Afonso VI, Rei de Leão, entregou ao seu genro o Conde D. Henrique de Borgonha, os territórios que tinha a sul do rio Minho, para que ele administrasse em seu nome, constituindo assim o Condado Portucalense.

Por morte de D. Henrique sucedeu-lhe sua mulher D. Teresa, filha do rei D Afonso VI de Leão pois o filho de ambos,o Infante D Afonso Henriques, era ainda menor.

D Teresa continuou a ambição e percurso do seu marido: conseguir a independencia do condado. No entanto a influência que deixou ganhar alguns nobres galegos e a sua hostilidade para com os fidalgos portugueses originou a revolta deles sob a chefia do seu filho, D. Afonso Henriques. Este acabou por vencer a sua Mãe na batalha de S. Mamede em 1128, expulsando-a das terras que governava há quinze anos.

D. Afonso Henriques continuou travar diversas batalhas para Sul, na conquista de novos territórios e em 1143 é reconhecido como Rei de Portugal.

Em 1127 quando D Afonso Henriques se vê cercado pelo rei D Afonso VII e as tropas leonesas, Egas Moniz que foi o educador de D Afonso Henriques, dirige-se ao rei inimigo e promete-lhe que D Afonso Henriques lhe prestará obediência. Com tal promessa D Afonso VII levanta o cerco.

Mas D Afonso Henriques continua a sua luta pela independência. Egas Moniz ao ver que dera a sua palavra em vão, vai até junto de D Afonso VII acompanhado de sua família, vestidos de penitentes, entregando-se ao soberano para que o castigue, a si e aos seus, por não ter cumprido com o que prometera. Admirado perante tal grandeza e culto de honra à palavra dada o rei manda em paz o fidalgo português

As Festas Nicolinas têm início com o Pinheiro, a 29 de novembro e duram 8 dias. De origem profana e pagã foram completamente integradas na cultura popular, e constituem a festa dos estudantes da cidade, com os tambores a encherem de som os fins de tarde da cidade.

Tortas de Guimarães: feitas com massa folhada e recheadas com de doce de chila, ovos e amêndoas.

Touchinho do Céu:  Receita proveniente do Convento de Santa Clara é o ex-libris da doçaria vimaranense, sendo considerado um dos melhores do país. É um bolo à base de ovos, amêndoas e doce de chila, envolvido em farinha.