Cidade de navegadores, cosmógrafos e homens das letras e das artes.

Aqui nasceu Pêro da Covilhã. Explorador que contribuiu com informações valiosas para a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama

Terra de pastores desde os tempos lusitanos, deve à comunidade sefradita da Covilhã o desenvolvimento da arte dos lanifícios, iniciada ainda no tempo de D. Sancho I. Esta indústria têxtil que produziu todas as fardas do exército português durante o reinado de D. João V, ganhou um novo impulso em 1763 sob a acção de Marquês de Pombal que aqui fundou a Real Fábrica de Panos, tornando-se o maior centro de produção de lanifícios de todo o país.

Visite na Covilhã:

• O Museu dos Lanifícios que ocupa 3 impressionantes núcleos expositivos recheados de um vasto espólio histórico industria
• New hand lab um espaço contemporâneo que permite jovens designer, estilistas, fotógrafos e artesãos desenvolverem e exporem o seu trabalho
• Arte Urbana da Covilhã – No posto de turismo solicite o mapa e parta à descoberta das obras emblemáticas de vários artistas como Rodolfo Passaporte. Third, Vhils, Add Fuel, Arm collective, Gijs Vanhee, Samina, Tamara Alves, Bordalo II entre muitos outros
• Ponte Pedonal da Carpinteira -projectada pelo arquitecto João Luís Carrilho da Graça faz um caminho em ziguezague por acima do vale da ribeira da Carpinteira.

A Torre fica 18km da Covilhã e é o ponto mais alto de Portugal Continental.

Pelo caminho pare nos diversos miradores e admire a paisagem. A estrada termina numa rotunda, no centro do qual está o marco geodésico que assinala os 1993 metros de altitude.

Reza a lenda que a Torre, que dá nome ao local, com 7 m de altura foi mandada construir por D. João VI para que a Serra da Estrela alcançasse os 2.000m de altura

É também aqui que se encontra o Centro de Interpretação do Geopark da Estrela onde pode conhecer a fauna e flora de todo o património da Serra da Estrela

Tenha em atenção que esta estrada, devido à queda de neve, poderá ocasionalmente estar fechada

Quem subir à Serra da Estrela pela estrada N339 que liga Covilhã à Torre, é surpreendido pelo magnífica imagem de Nossa Senhora da Boa Estrela esculpida em baixo relevo numa rocha granitica. Com 7 metros de altura é de uma simplicidade e beleza extraordinária que leva até a um não crente parar para a contemplar

Esculpida por António Duarte, a ideia partiu do Padre Morgadinho que quis homenagear a Santa Protectora os Pastores, Nossa Senhora da Boa Estrela, que protege e acompanha os solitários pastores pela terreno frio e agreste que percorrem com as suas ovelhas. A Boa Estrela que os conduz de volta a casa

O monumento foi inaugurado em 1946 e desde então todos os anos, no segundo domingo de Agosto, realizam-se as festividades de Nossa Senhora da Boa Estrela do Covão do Boi, atraindo muitos visitantes

Manteigas localiza-se no vale glaciário do Zêzere moldado há 20.000 anos pelo gelo. É ponto de partida para explorar um vasto território reconhecido pela qualidade do ar e uma paisagem riquíssima em biodiversidade. Excelente para caminhadas, praticar BTT ou atirar-se de parapente das suas ravinas impressionantes.

Todo este património natural pode ser descoberto no Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere.

Não deixe de visitar

• A cascata do Poço do Inferno
• O Covão da Ametada – um dos locais mais fotografados na Serra da Estrela. De grande beleza e romantismo seja qual for a época do ano. A paisagem composta por uma pequena ponte que atravessa o Rio Zêzere ladeado de árvores que se torna incandescente com a folhagem de Outono, ou cristalina com a neve de Inverno
• Trutas de Manteigas – Um viveiro de trutas que aproveita as águas provenientes da serra. Produz para venda assim como repovoamento dos planos de agua da Serra da Estrela

Perto das Penhas Douradas, a mais de 1400m, fica a praia fluvial do Vale do Rossim. Uma albufeira protegida onde é possível alugar caiaques ou gaivotas.

Situada numa depressão de origem glaciar esta lagoa foi a maior lagoa natural da região. Em 1912 iniciou-se o projecto da barragem da Lagoa Comprida alimentada pelas albufeiras do Covão dos Conchos e Covão do Meio, que se encontram ligadas a esta através de dois longos túneis.

Covão dos Conchos

A cerca de uma hora e meio de caminhada da Lagoa Comprida por trilhos pouco delineados mas de grande beleza natural encontrará a Lagoa do Covão dos Conchos. Uma albufeira feita através do desvio da Ribeira das Naves. Seguindo o som de água em movimento encontrará o Covão dos Conchos. Para com quem ele se depara a primeira vez a imaginação entra em hiperactividade e tece histórias mirabolantes: Um portal para outra dimensão, o triângulo das Bermudas Português. No entanto é apenas o inicio de um tunel pela qual a agua desta albufeira abastece a Lagoa Comprida.

A entrada para Serra da Estrela daqueles que provêm do litoral do país.

Em Manteigas aproveite para visitar

• Museu do Brinquedo – Descubra e revisite os brinquedos da sua infância entre os mais 4500 exemplares exibidos que atravessam as várias gerações.
• Museu do Pão – Todo o património relacionado com algo tão simples mas essencial como o pão

A 8 quilómetros de Seia, junto à aldeia do mesmo nome, esta pequena praia fica num vale rodeado de árvores. De águas verdes cristalinas que refletem a natureza em seu redor, esta pequena praia galardoada com a Bandeira Azul, convida a um refrescante mergulho

Uma praia fluvial de rara beleza de águas puras e cristalinas situada num vale glaciário, rodeado de imensos pedregulhos que escondem recantos tranquilos e relaxantes

Imaginação ou não este aglomerado de rochas fazem lembrar uma cabeça de velha

Para a conhecer suba, a partir da Senhora do Desterro, o caminho de terra batida

Sandomil é uma pequena aldeia no concelho de Seia. Banhada pelo rio Alva oferece um cenário romântico, tranquilo e de grande beleza.

Moinhos de agua, pontes romanas, azenhas e praias fluviais de baixo de árvores frondosas e frescas convidam a parar e relaxar. Um local a ser apreciado tanto pela frescura em dias quentes de verão como pela sua intensa coloração outonal

Reza a lenda que, após os Romanos terem sido, inesperadamente, derrotados pelos bravos habitantes desta aldeia, ponderáram nova investida mas depressa desistiram por considerar que “nem sendo mil” (“Sandomil”) os venceriam.

O burel, é um tecido artesanal feito de lã muito usado nas capas e casacos dos pastores da Serra da Estrela.

Típico desta região, nos últimos anos, este tecido foi recuperado graças a um grupo de pessoas visionárias que o incorporaram em vários outros produtos de moda, desde sapatos a revestimento de paredes.

Para saber mais sobre o Burel e conhecer de perto os processos que vão da tosquia à tecelagem não deixe de visitar a fábrica da Ecolã, a mais antiga unidade produtiva artesanal certificada

A Burel Factory em Amieiros Verdes é outra fábrica reconhecida pela originalidade e criatividade na aplicação do Burel no design arquitectónico

Queijo da Serra da Estrela– Aproveite para adquirir ou soborear o verdadeiro queijo da Serra da Estrela. Verifique se tem DOP escrito na sua etiqueta assim como numero do produtor estampado no queijo.

O verdadeiro Queijo da Serra só pode ser feito a partir do leite da ovelha de raça Bordaleira. Uma ovelha que produz menos leite que outras raças e requer que sejam alimentadas em regime de pastoreio, pelos campos desta serra. Na sua alimentação não pode constar qualquer tipo de ração pois altera o sabor do leite e consequentemente do queijo. Os queijos da Serra da Estrela são produzidos durante o inverno e feitos de forma tradicional, como há centenas de anos. O leite é coalhado com sal e com uma planta nativa da região, a flor do cardo.

Hoje em dia, dado o trabalho e dedicação que este tipo de produção requer,  apenas existem cerca de 2 dezenas de produtores certificados, com uma média de 100 ovelhas cada.Por isso aproveite e prove este manjar dos deuses, possivelmente em vias de extinção e pronto para ser substituidos por outros queijos amanteigados

Vinho do Dão

Borrego

A aldeia de Foz D’Égua pertence à freguesia do Piódão na Serra do Açor, no ponto de encontro da ribeira de Piódão com a ribeira de Chãs. Cria-se aqui uma praia fluvial de grande beleza e encanto.

Esta pequena aldeia com casas típicas de xisto e lousa, rodeada pela natureza, parece sair de um verdadeiro conto de fadas

Escondida  na Serra do Açor, Arganil, encontrará uma das mais bonitas aldeias históricas de Portugal: Piódão.

A forrar a encosta,  as suas casas de xisto e Lousa, com janelas em madeira pintadas de um alegre azul convidam-no a ir conhecer este local, também apelidado de “aldeia presépio”  Mais ainda, ao fim do dia, quando os últimos raios de luz desaparecem no vale a as luzes eléctricas se acendem.

Reza a lenda que por esta aldeia passaram personagem lendárias como João Brandão, o Terror das Beiras, Zé do Telhado, e Diogo Lopes Pacheco, um dos assassinos de Inês de Castro que aqui se refugiou enquanto fugia das tropas reais.

Especialidade local é uma broa feita de batata denominada Pecados de Piódão, perfeita para acompanhar um licor regional ou para comer simplesmente às fatias

O que são as Aldeias Históricas de Portugal?

As Aldeias Históricas foram erguidas ao longo de várias reinados e tiveram como função primordial a fortificação e povoamento da região fronteiriça de Portugal.

Aldeias carismáticas que conservam a sua traça medieval e são testemunho da história de uma nação.

Das 12 Aldeias Históricas de Portugal, nove integram a região da Serra da Estrela. São elas Trancoso, Marialva, Castelo Rodrigo, Almeida, Castelo Mendo, Belmonte, Sortelha, Castelo Novo e Linhares da Beira.

Para mais informação sobre as Aldeias Históricas, clique aqui

É das mais frescas matas do concelho ganhando especial beleza pelos carvalhos, castanheiros, cerejeiras, ulmeiros, azevinhos, freixos e loureiros. Escondida no seu interior a cascata Fraga da Pena, um local pouco conhecido, onde a água abre caminho entre a rocha e cai a uma altura de 2m, formando uma pequena lagoa.

Aproveite os diversos trilhos e percorra a mata à procura das muitas orquídeas que lá crescem